A entidade reguladora do jogo solicitou inquéritos comparativos, realizados entre dezembro e março.
A Gambling Commission divulgou os resultados de um inquérito que solicitou, sobre o comportamento dos apostadores durante e depois do Campeonato do Mundo Futebol FIFA. O regulador contratou a Yonder para que esta fizesse a recolha de dados, durante o Campeonato do Mundo de futebol masculino, em dezembro, e novamente em março, à procura de compreender se o evento gerou um aumento de apostas.
O grupo de investigação contactou pessoas que afirmaram ter apostado no Campeonato do Mundo ou ter jogado algum tipo de jogo gratuito durante o torneio. Os 811 inquiridos responderam a perguntas sobre os seus comportamentos e atitudes relativamente ao jogo, sendo que as mesmas voltaram a ser contactadas em março para descobrir se tinham mudado o seu comportamento relativamente à atividade.
A Gambling Commission pretendia saber, em particular, se o Campeonato do Mundo era um evento de introdução às apostas ou fazia com que os apostadores pouco frequentes elevassem a sua atividade de jogo. Dos 811 inquiridos, 110 afirmaram não ter apostado em futebol nos 12 meses anteriores ao Campeonato do Mundo. Nas 11 a 12 semanas que se seguiram ao Campeonato do Mundo, 34 dessas pessoas reportaram ter apostado em desporto, enquanto 72 participaram em alguma forma de jogo, que não fosse relacionado com apostas, na Lotaria Nacional.
O relatório afirma:
“Isto sugere que, para aproximadamente um terço das pessoas que eram novos apostadores ou retornaram às apostas, apostar no Campeonato do Mundo levou a uma contínua (re)aproximação com as apostas e que existiu também um aumento observado no envolvimento das apostas, numa série de produtos.
”
Este relatório concluiu também:
“Sempre soubemos que a forma das pessoas experienciar as apostas muda ao longo do tempo, mas esta abordagem permitiu-nos observar a quantidade de movimento existente entre as diferentes faixas.
”
“Por ser a primeira vez que dispomos deste tipo de dados e pela existência de uma considerável sobreposição entre os períodos de 12 meses refletidos em cada inquérito, devemos tratar os resultados desta investigação com alguma cautela – mas iremos explorar mais estes e outros dados longitudinais, para continuar a construir uma imagem sobre como as pessoas entram e saem do jogo problemático, mesmo durante períodos curtos de tempo”.
A Yonder analisou as razões pelas quais as pessoas apostam em futebol durante e após o Campeonato do Mundo, concluindo que a maioria o fazia para “aumentar a adrenalina de um jogo”, sendo que, a influência de outro fator significativo, a possibilidade de apostar com amigos, reduziu após o Campeonato do Mundo. Segundo a Gambling Commission, estes dados reforçam a ideia que apostar no Campeonato do Mundo está mais relacionado com as influências sociais do que apostar normalmente em futebol.
O regulador afirmou:
“As pessoas que apostaram no Campeonato do Mundo tinham mais probabilidade de o fazer porque estavam inseridas nas categorias de se ”sentir com sorte” e “jogar por um aspeto social”, e menos na probabilidade de estar neste segmento “pelo dinheiro.
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