Análise da proibição de jogos de azar na Twitch – Retrospectiva em 2023

A proibição de apostas na Twitch, nos primeiros meses, foi verdadeiramente hilariante: ver artigos escritos sobre os streamers de casinos a evitar a proibição da Twitch. Isto  porque, depois do lançamento desse anúncio, as pessoas começaram também a fugir à proibição, o que não é propriamente ético.

Acredito que não existe problema em tentar remodelar o seu serviço para o mais próximo possível da sua fundação, no entanto, tentar fugir ao sistema de proibição é, no mínimo, estranho. Contudo, durante o primeiro mês, alguns dos maiores streamers que promoviam jogos de azar acabaram por ser banidos.

Nesta sequência, alguns dos streamers decidiram criar uma nova plataforma de stream para apostadores e, surpreendentemente, esta tornou-se realidade.

A “Kick”, uma nova plataforma de streaming, apesar de não ser tão popular como a Twitch, funciona, paga e é uma parte importante dos detalhes da proibição de apostas na Twitch.

A 21 de maio de 2022, a Twitch atualizou as suas regras oficiais de jogos de azar da plataforma. A 30 de julho de 2022, analisei o  que mudou no site oficial da plataforma. Esta é uma seção dedicada para resumir as atualizações mais recentes.

De acordo com a Twitch Safety, todos estes pontos devem ser seguidos pelos streamers, sem exceção:

• Os utilizadores não podem jogar em sites sem licença nos EUA;
• Fantasy Sports, apostas desportivas e poker são permitidos;
• Streamers não podem promover bloqueio geográfico através de VPN;
• Ninguém pode jogar nestes sites proibidos: Stake, Rollbit, Duelbits e Roobet.

Desde 18 de outubro de 2022, a Twitch baniu todos os sites que incluíam slots, roletas e dados. No entanto, os sites que têm licença nos EUA ainda são válidos, portanto, parece que a Twitch apenas proibiu as plataformas ilegais, o que deveria ser o básico.

Depois da  análise da proibição de jogos de azar da Twitch, é importante destacar aqueles que deixaram o site ou ficaram sem conteúdo.

De acordo com o Streamcharts, inúmeros streamers foram removidos da plataforma, entre eles, nomes como Dr. Disrespect, Alinity, Destiny e Phantom Lord (o último de forma merecida).

A Kick foi criada por um dos jogadores banidos em Tyler “Trainwreck” Nikham, que se tornou famoso pelas fraudes aos seus espectadores. Contudo, o seu negócio é perfeitamente legal e ético de momento.

Em termos gerais, vemos este site como uma coleção daqueles que foram banidos da Twitch, contudo, todos os esforços realizados para terminar com os streamers de jogos de azar falharam, já que utilizadores como Roshtein decidiram continuar a fazê-lo, tanto na Twitch como na Kick.

Por fim, vamos saber a opinião do próprio “rei dos jogos de azar” da Twitch.

De acordo com a Sportskeeda, Felix “XQC” Lengyel afirma que os jogos de azar possuem tanta expressão como no passado, se não mesmo mais. Este acredita que nada mudou e os utilizadores continuam a jogar ainda mais, o que é verdade.

O streamer criticou os fãs e aqueles que se manifestam contra os streams de casino, já que estes se queixam de jogos de azar óbvios, no entanto, começam a visualizar caixas mistério, caixas de recompensa e outro tipo de elementos de jogo aleatórios em jogos eletrónicos. Isto é similar à criação de montanhas no jogo World of Warcraft, porque existe um investimento monetário para que haja a possibilidade de obter  um retorno.

Como conclusão da análise sobre a proibição dos jogos de azar na Twitch, acreditamos que, em termos gerais, não existiram grandes mudanças.

A única alteração que existiu, foi o facto de a Twitch ter decidido reforçar as suas políticas, o que é o mínimo, para que os streamers não sejam patrocinados por sites de jogos ilegais ou que atuam de forma irresponsável. Contudo, a Twitch não merece reconhecimento por isso.

No entanto, a plataforma conseguiu eliminar a categoria de casino apenas para os visitantes russos, o que significa que estes dispõem da tecnologia necessária para bloqueios regionais.

Para além disso, com a evolução tecnológica da internet, estes poderão no futuro ter a capacidade de implementar um bloqueio por idade nos seus sistemas.